sexta-feira, 14 de maio de 2010

Sou...

Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões,uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura.
Grave e metódica até à mania, atenta a todas as subtilezas dum raciocínio claro e lúcido, não deixo, no entanto, de ser uma espécie de D. Quixote fêmea a combater moinhos de vento, quimérica e fantástica, sempre enganada e sempre a pedir novas mentiras à vida, num dom de mim própria que não acaba, que não desfalece, que não cansa!”

Florbela Espanca

1 comentário:

  1. Continuando com Florbela Espanca: a qual os seus textos e poemas tocam-me bem fundo. talvez porque fazem sentido para mim, em particular. Nunca mais li Florbela. Devo revisitá-la. Obrigada por me lembrares outra poetisa que marcou a minha adoelescência.
    «O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!»
    bjs
    CF

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